Um dos carros mais populares do Brasil, o Gol completou bodas de prata no ranking dos mais vendidos no Brasil. E não poderia ser diferente já que ele foi projetado e nasceu por aqui. O sucesso desse veículo é tão grande que é possível vê-lo circulando por ruas de mais de 50 países em todos os continentes! Para se ter ideia, o Gol é o primeiro e único veículo que a Volkswagen produziu que já passou dos cinco milhões de unidades produzidas e conseguiu tirar até o Fusca do topo dos mais vendidos, marca batida em 2009.
A ideia de criar esse modelo surgiu justamente para substituir os Fuscas, uma vez que a frota de veículos dos concorrentes estava ficando cada vez mais moderna e a VW não queria ficar para trás. Já que os modelos alemães não atendiam as necessidades e exigências do público brasileiro, o setor de engenharia de uma sede localizada em São Paulo entrou em ação: se inspiraram no Polo Europeu e em outros carros e assim foram aprimorando a ideia. Em meados da década de 70 definiram como seria chamado o novo modelo da VW, o Gol, que assim como em outros carros da montadora, a tendência era batizar com nomes que remetessem a algum esporte, nesse caso o futebol, paixão do brasileiro.
GOL 1980 – PRIMEIRA GERAÇÃO
O famoso “Gol Chaleira” nasceu em 1980 com motor carburado e arrefecimento a ar e a opção de usar álcool ou gasolina como combustível. Por causa do barulho que fazia justamente por ser um 1300, herdado do Fusca, o Gol acabou recebendo esse apelido. Um ano depois o motor se tornou 1600 também com arrefecimento a ar, isso por que os consumidores andavam reclamando muito do baixo desempenho do motor antigo. Por causa dessa troca em 82 a Brasília saiu do mercado. Com essa mudança houve uma troca de nomes e os modelos passaram a se chamar L (para o mais básico) e LS (que antes era o S). Além de novos emblemas os novos modelos deixaram de ter as lanternas traseiras vermelhas e passaram a ser âmbar.
Já em 1983 uma nova série especial: o Gol Copa, em homenagem à Copa do Mundo que acontecia naquele ano. Esse modelo ganhou alguns detalhes a mais como rodas de liga leve, os para-choques passaram a ser da cor do veículo, faróis de neblina, forração especial, além de outros acessórios. E quanto mais o tempo passava, mais modelos iam surgindo e o Gol se aprimorando.
Em 84 nasceu o BX, no ano seguinte aqueles modelos de 83 ganharam modificações na dianteira como faróis, lanternas, para-choques (iguais ao do Voyage), motor refrigerado a água – do Passat -, e também o estepe que era armazenado na frente, próximo ao motor, passou lá para a traseira. Os modelos vinham nas opções com quatro ou cinco marchas e foram produzidos até o final de 86. Além de todas essas guinadas do BX, nesse mesmo ano ocorreu o lançamento do GT 1.8 99 cv, que mal havia chegado ao mercado e em logo ganhou motor AP-1800, que dava mais desempenho ao veículo.
CARA NOVA – PARTE I
Como tudo na vida um dia muda, com os carros não é diferente. Em 1987 ocorreu a primeira mudança drástica no visual do Gol. A frente ficou um pouco mais baixa, o capô ganhou novos traços e novos faróis, as lanternas traseiras e dianteiras foram modificadas, além de ganhar grade. O GT disse adeus ao mercado e quem ganhou espaço foi o novo Gol GTS movido a álcool para dar mais agilidade e torna-lo ainda mais esportivo. E aí entrou um detalhe importante: a VW manteve esse modelo com apenas 99cv por conta dos impostos, pois quanto mais potente, maior a conta. Diferente dos outros modelos que até então não vinham com aerofólio, esse já nasceu assim. Sem falar que novamente a montadora resolveu dar uma mudada nos nomes dos modelos do Gol, que dessa vez passaram de S para CL e LS, GL, além do lançamento da versão C.
Essa nova versão era bem basicona, destinada a quem pretendesse criar frotas e para órgãos públicos, devido a situação financeira do país na época, por causa do Plano Cruzado. O C tinha câmbio de quatro marchas e a única cor existente para ele era o branco. Sua produção durou até o comecinho de 88. E você pensa que pararam por aí? Nada disso! Depois de um ano de toda a mudança no exterior agora era a hora de mexer na parte interna do veículo. Primeiro a mudança do painel que ganhou dois modelos: um bem simples – baseado no Santana Cl – e um mais cheio de detalhes para o Gol GL e o Gol GTS, além da mudança de lugar dos retrovisores e dos quebra-ventos.
O lançamento do Gol GTi aconteceu no Salão do Automóvel desse mesmo ano. O motor tinha 120cv, 2.0 AP-2000i e era a gasolina. Isso sem falar que esse modelo era o primeiro da indústria automobilística nacional a vir com injeção eletrônica. Se por um lado a VW ganhou com esse carro, por outro perdeu o motor AP-1600, tudo para haver substituição pelo 1.6 CHT, o chamado AE-1600. O Gol perdeu um bocado de sua potência, mas pelo menos passou a ser menos “beberrão”, como dizem por aí. Para o GL sobrou o AP1.8.
EDIÇÃO ESPECIAL – GOL STAR 1989
Há exatos 25 anos surgiu a versão Star, um misto de vários modelos unidos em um, nas cores branca e vermelha. Os bancos eram os mesmos do CL e do GL, com o nome do modelo estampado. O que mudava um pouco eram as forrações nas laterais e nas portas em cinza e vermelho. O painel era cinza igual ao da versão CL, mas tinha alguns elementos que pertenciam ao GTS, como o conta-giros e o relógio digital. O motor é um AP-1800 a álcool ou gasolina, possuía um escape mais silencioso com ponteira dupla, câmbio, freios e carburação que também pertenciam ao dono do painel. Do GTi essa versão herdou as lanternas e faróis.
Aqueles borrachões pretos da lateral que na época eram “um charme” saíram do GL. Para essa versão ainda colocaram vidros esverdeados, ar quente, rodas de aço 13” com calotas brancas, ar quente, além do lavador, desembaçador e limpador traseiro. Se quem fosse comprar esse modelo o quisesse um pouco mais incrementado, poderia optar por um volante que era igual ao do Santana, rodas aro 14” e faróis auxiliares.
CARA NOVA – PARTE II
Para variar a Volkswagen decidiu mudar a cara do Gol de novo e dessa vez, para o famoso “Gol Quadrado”, como é chamado popularmente. Agora a novidade é que estreitaram as lanternas da frente, assim como a grade e os faróis, tudo para ficar dentro dos padrões dos norte-americanos. O porta-malas também ganhou novos detalhes, como novos emblemas e vincos mais suaves. E o GTi é claro que não poderia passar despercebido. Passou a ser oferecido ao público em mais cores, e não somente no azul como antes. As lanternas continuaram com três tons. Tudo isso aconteceu em 1991. No ano seguinte, catalisador em todos os modelos. Surgiram duas novas versões do Gol com motor 1600. Na mais simples, painel mais enxuto, volante fabricado com material mais duro, rodas aro 13” e revestimento plástico nas portas. Bem simples mesmo!
A outra era um pouco mais elaborada, porém sem o painel Satélite, as portas não tinham plástico e sim tecido, e as rodas também eram 13” mas com pneus 175. Vale lembrar que o lançamento desses modelos se deu enquanto não lançavam o Gol 1000, que nasceu em 1993, tinha um valor bem inferior aos demais e por isso, se tornou um dos mais vendidos até 1996. O Gol Copa ganhou mais uma série especial devido a Copa do Mundo de 1994 que acontecia dessa vez nos Estados Unidos. Se você estiver passando por algum lugar e avistar um “golzinho” mais antigo e em azul claro metálico, talvez seja um dos exemplares fabricados nesse ano, pois essa era a única cor na qual ele foi produzido.
SEGUNDA GERAÇÃO
Sabe aquele modelo que é bem comum ouvir o pessoal falando por aí que é o tal do “Gol Bolinha”? Pois então, esse foi o marco da Segunda Geração do Gol no Brasil. Nessa geração, o Gol saia das fábricas totalmente modificado, com uma carroceria nova e bem diferente da que todos estavam acostumados em ver circulando mundo afora. As linhas se tornaram arredondas e por isso o tal apelido. Eram cinco versões, 1000i, 1000i Plus, CL, GL e GTI, com motores 1.0, 1.6, 1.8 e 2.0. Mas não pense que aquele gol quadrinho saiu de linha com a chegada do novo membro da família. Ele continuou sendo vendido, mas com um valor mais baixo, mais básico e motor mais fraco.
Em 1995 a Volkswagen decidiu lançar uma Série Especial em homenagem ao Hollywood Rock que acontecia naquele ano. Era o Gol Rolling Stones, com 12 mil unidades vendidas. O lançamento do Gol GTI com motor 2.0 16V e 145cv, aconteceu em 1996. Mesmo ano em que foi apresentado ao mercado o novo Gol TSi que trazia apenas mudanças no design do carro e o motor continuava do mesmo jeito. Como é de costume da Volks lançar edições especiais de acordo com os grandes acontecimentos, em 1996 surgiu o Gol Atlanta em homenagem as Olimpíadas que aconteciam nesse ano na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. Nessa edição, o Atlanta foi lançado com motores nas versões 1.6i e 1.8i.
Em 97, injeção eletrônica multiponto em todos os motores da linha , mudança de nomes dos modelos novamente - CLi que passou a se chamar 1.6 CL MI, por exemplo –, o TSi passou a ser um 2.0 111cv e o GL com mais uma opção de motor, o 1.6. O Gol Star 1998 marcou a segunda versão do modelo lançado no fim da década de 80. O motor era AP1.6 a gasolina com injeção MI, ar quente, limpador, lavador e desembaçador traseiro, ar quente, saias esportivas e aerofólio. A pintura da lataria era disponível em branco, azul, prata, vermelho e vinho. Porém, se por fora visual totalmente inovador, por dentro continuava o mesmo de sempre.
GERAÇÃO “G”: NOVOS ARES
GOL G3
Esse praticamente nasceu de novo, se formos dar uma olhada de como o Gol era no passado e como chegou em 1999, vendido como modelo 2000. Na parte visual, tudo novo, de novo. Dianteira, traseira, interior... Até as rodas e calotas foram modificadas para marcar bem o começo de uma nova história para o Gol. Mas com relação à estrutura, nada de novidade. Nesse ano foram lançadas duas versões e o adeus dessa vez foi para os nomes como CL, GL e companhia.
A montadora deu preferência por adicionar o carro o pacote de adicionais, possibilitando mais personalidade na escolha e que mesmo que alguém fosse comprar um mais em conta pudesse leva-lo para casa mais equipado. Se você fosse a uma concessionária com a intenção de comprar um Gol G3 poderia se deparar com várias configurações de motor: 1.0 8 ou 16V, 1.6 a álcool ou gasolina, 1.8 e 2.0. E por falar em 2.0, estava disponível também o GTI que era 2.0 16V 153cv e que atingia 200 km/h.
SÉRIES:
Novidades a vista! Apesar de o acabamento interno ter perdido um pouco de qualidade, o novo painel e as mudanças na dianteira e na traseira dessa versão chamaram bastante atenção. Com o lançamento das versões City, Plus e Power, a Volkswagen conseguiu bater a marca de carro mais vendido de 2006. E nesse mesmo ano, dezesseis mil unidades foram lançadas em uma série especial, a Gol Copa, em homenagem ao título do Penta da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Disponível em cinco cores, estava disponível em duas versões: 1.0l 8V Total Flex 68cv/71cv e 1.6 8V Total Flex 97cv/99cv. No ano seguinte, em 2007, o Gol Rallye chegou mais invocado, com para-choques cinzas, faróis com máscaras negras, bancos e volante diferenciados e caixas de rodas emolduradas. Nessa versão, motor 1.6 Totalflex com 103cv de força.
Em 2008, o Gol G4 ganhou mudanças na suspensão e o motor passou a ter setenta e cinco cavalos de força. No Gol Power G4, airbags para o passageiro e o motorista, e um interior um pouco mais trabalhado, sendo exclusividade para quem pretendia montar uma frota. Até o fim de 2013 o modelo G4 ainda era produzido, embora fosse 1.0.
GERAÇÃO III – UM DIVISOR DE ÁGUAS PARA O GOL
Em 2008 a Volkswagen lançou a terceira geração do Gol. Aqui se pode dizer que aqueles modelos mais antigos ficaram no passado de vez, pois o visual do Gol foi totalmente renovado e dessa vez não tem mais nada que lembre as outras versões. Com a chegada do G5, adeus aos carros de duas portas. O novo modelo disponibilizava versões somente com quatro portas, e em sete cores: preto, branco, prata, dois tons de vermelho e dois de cinza. O motor ficou transversal EA111, bicombustível 1.0 ou 1.6. O diferencial aqui ficou também por conta dos airbags duplos e dos freios tambor. Em 2009 o Gol recebeu uma versão automática, o I-Motion.
SÉRIES ESPECIAIS – GERAÇÃO III
GOL G6
Lançado em 2012 com cara de 2013, o Gol G5.B ganhou uma repaginada, frente nova com destaque para os faróis – iguais aos do Fox – com motores flex com injeção eletrônica, 1.0 VHT TEC ou 1.6 EA111 com I-Motion opcional. Na versão 1.6, o Power, motor com 104 cavalos de força. Após um período de quatro anos, entre outubro e novembro de 2012, a Volks lançou o Gol 2 Portas, também no modelo 2013. Já nesse ano, a fabricante lançou quatro modelos do Gol: Highline, Rallye, Track e Seleção.
O Highline como sempre era o mais completão de todos, com uma série de itens de fábrica. Já o Rallye dessa vez chegou mais pronto do que nunca para encarar uma aventura, pois veio com motor mais forte, 1.6, e rodas novas e exclusivas. O Track segundo a VW também tinha espírito de aventura mas seu motor era 1.0 e o para-choque era idêntico ao da Saveiro G6 Trooper. O Gol Seleção lançado em novembro de 2013 para a Copa de 2014 foi criado para homenagear a seleção brasileira de futebol, uma vez que a Sede foi o Brasil. Quem chegou às lojas encontrou versões 1.0 ou 1.6, sistema com som MP3 com entrada USB e Bluetooth, rodas exclusivas Thor, todo adesivado remetendo ao evento e com bancos com o escudo da CBF bordado. Ao todo foram produzidas três mil unidades dessa série.
GOL 2015
Se você optar em ir até uma revenda a procura de um zero km, duas versões estarão disponíveis: 1.0 Special e Rallye 1.6. A novidade aqui fica por conta do motor flex 1.6 16V MSI de alumínio com potência de 110cv/ 120 cv. Quer saber um pouco mais sobre cada modelo? O SóCarrão te ajuda!
POR QUE ESCOLHER UM GOL PARA SER MEU?